sexta-feira, março 03, 2006

Novos horizontes são possíveis...

A educação é hoje mais importante do que nunca... A defesa e melhoramento do ambiente, a erradicação da pobreza e a criação e manutenção de uma sociedade democrática impõem importantes exigências ao sistema educativo. Como foi publicado recentemente na revista Professores "O nível de literacia científica dos cidadãos é utilizado, frequentemente, como indicador do estado de desenvolvimento dos países. Elevados níveis de literacia científica estão na base não só da construção de uma cidadania informada, determinante para a tomada de posição sobre temas do quotidiano, como também do aumento dos níveis de inovação científica e tecnológica, fundamentais para o desenvolvimento ..." (http://www.professores.pt/2/76.np3) . A educação tem de ser encarada como um instrumento poderoso na definição do tipo de sociedade que pretendemos para o próximo século. Chegamos a uma situação vital: o futuro do nosso planeta está naturalmente ligado à educação e ao nível de literacia dos indivíduos, tanto à escal local como à escala global. Uma população instruída interroga os fenómenos naturais e sociais de modo permanente, permitindo distinguir o essencial do supérfluo, ao mesmo tempo que legitima as acções. A literacia deverá impregnar a educação e vice-versa, facilitando deste modo, a formação de um espírito de abertura a um mundo novo, caracterizado pela flexibilidade e pela polivalência constante.

17 Comments:

Blogger Desambientado said...

Ana Isabel.

A Eva escreveu isso num dos meus posts: Sebastião da Gama dizia assim: " E ainda se persiste no erro de que a grande desgraça é não saber ler. Qual coisa.
A grande desgraça é não saber que os pássaros têm frio".
Ao referir esta frase, quero dizer que o conhecimento científico per si, ou outro tipo de conhecimento, sem ser interiorizado humanamente, pouco ajudará a mudar o Mundo.
Exige-se também sensibilidade. Como se ensina isso?

3:27 da tarde  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Quando o conhecimento é de facto interiorizado e não apenas "colado", começa a fazer parte de nós...da nossa consciencia, sensibilidade e consequentemente das nossas atitudes. penso que é exacatmente por aí o caminho ...o exemplo! A sensibilidade não se ensina demonstra-se e assim talvez se consiga contagiar os outros...e já se sabe quanto mais pequenos forem os "outros"...mais fértil será o terreno!

Ana Isabel

4:01 da manhã  
Blogger Desambientado said...

Ana Isabel.

De facto, como alguém dizia num comentário do meu último post, para ultrapassarmos a lógica do provérbio popular "Muito bem fala Frei Tomaz, faz o que ele diz, e não faças o que ele faz" há que haver estratégias vocacionadas para essa interiorização. Ou seja, não é importante que associada a uma educação científica também haja uma educação para os valores?

5:52 da manhã  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Dr. Félix: Finalmente a resposta à sua questão:
Claro que sim!!
A participação activa na sociedade estimula o conhecimento dos problemas, este conhecimento aumenta a consciencialização e esta a responsabilidade. Educar para os valores será proporcionar situações de aprendizagem, momentos em que cada um se deverá sentir-se implicado na construção de si próprio, como ser sensivel. Esta questão é de fundamental importância e é um dos elementos essenciais de toda a acção educativa. Conhecer-se a si mesmo, conhecer o outro, sentir-se um componente do Mundo e não apenas estar no Mundo, ser capaz de interagir numa contínua construção de identidade e consequentemente de uma melhor sociedade. Esta será, a meu ver, a dimensão ética do processo educativo, a responsabilização do indivíduo, a afirmação dos valores e a sua concretização efectiva em práticas de aprendizagem, ou para melhor dizer, em práticas de vida...assentes em valores primordiais.


Ana Isabel

2:52 da manhã  
Blogger Desambientado said...

Ana Isabel.

Gostei muito da resposta, mas surgiram-me outras que estão directamente relacionadas com a tua resposta. Como se compatibiliza aquilo que dizes, com o currículo de um curso como, por exemplo, de Educadores de Infância?
Como se pode, por exemplo apresentar um código de boas práticas ambientais na sala de aula que entre em conta com uma lógica de Educação para os Valores?
E finalmente, as perguntas que faço fazem sentido?

10:58 da manhã  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Fazem todo o sentido...mas, não sei porquê, parece que me estou a treinar, para qualquer coisa....
Cá vai a minha opinião:
Num curso, como o de educadores de infância ou qualquer outro, tudo o que referi anteriormente poderá constar de um currículo formal, ser aplicado através de um currículo informal sendo desejável que todas essas dimensões fossem transversais a todas as cadeiras do curso.
Mas é o currículo oculto, e falando só das portas da Universidade para dentro, tudo o que está implícito nas palavras, nas atitudes dos docentes e na própria instituição que realmente influencia. O que está oculto, o que se vê fazer, o que se ouve em contextos informais nos corredores, as conversas no bar....tudo isto é determinante para cimentar ou não os conhecimentos teóricos do currículo formal e informal. Em minha opinião, a dimensão ética do processo educativo é efectivamente consolidada pelo exemplo, por aquilo que se vê e se ouve informalmente...o currículo oculto!
Um código de boas práticas ambientais, já é educação para os valores, se tivermos em conta que as boas práticas ambientais pressupõem um respeito pelo ambiente e pela vida e todos os outros valores que estão subjacentes a este....; contudo um código de boas práticas ambientais não se impõe, a meu ver numa sala de aula ou numa instituição, mas introduz-se gradativamente na consciência dos alunos...
Não é o simples facto de se dar um papel com regras de conduta que as coisas se alteram....pode ajudar para alertar, mas para mudar leva algum tempo...e a mudança faz-se devagar por patamares...
Não sei se respondi claramente às suas questões...


Ana Isabel

3:01 da manhã  
Blogger Águas da Vida News said...

Excelente post, parabens a educaçao ambiental deveria ser tema nas escolas.
Big kiss

8:53 da manhã  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Concordo!!! Esperemos que isso aconteça num futuro próximo...estamos a trabalhar para que isso aconteça. Obrigada pela visita.

Ana Isabel

10:29 da manhã  
Blogger Desambientado said...

Curiosamente, tinha pensado num código de boas práticas ambientais para professores, em vez de um código de boas práticas para alunos. De facto a fusão dos dois conceitos pode ser interessante, visto que aproximará o comportamento ambiental do professor do comportamento ambiental do aluno.

Quanto ao treino, acho muito bem. É falando que a gente se entende.

5:27 da manhã  
Blogger Cidalia said...

Muito bem!
Já tens aqui muitas dicas, só pelos comntários dos teus visitantes.
Beijinhos

8:46 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Acho verdade a educação ambiental é agora muito importante pois vai ser muito mais díficil educar um adulto do que uma criança como diz um ditado que eu conheço «É de pequenino que se torce o pepino» pois se nós queremos um pepino direito temos de o torcer enquanto é mais finhinho pois quando ele já é grosso vai ser mais díficil de o torcer.

José Diogo

3:04 da tarde  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Dr.Félix,
O que se pretende não é aproximar o comportamento ambiental do professor ao comportamento ambiental do aluno? Penso que aliando ambos os comportamentos se consegue alterar algo com mais eficácia? Esse é o caminho por onde eu quero ir!

Ana Isabel

5:15 da manhã  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Zé Diogo:
Seu malandreco! aprendeste a comentar posts nos blogs...
Gosto muito da tua consciência ambiental, da tua sensibilidade para com as coisas da natureza e não só, és um "puto" expectacular!
Modestia à parte...algum do mérito á meu!
Beijinhos

Ana Isabel

5:19 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Não sou malandreco. Apenas gosto do ambientecomo tu.

7:54 da manhã  
Blogger Desambientado said...

Ana Isabel.

Relativamente à tua pergunta, ela parece ser perigosa.
Se pretendermos aproximar o comportamento ambiental do aluno do comportamento ambiental do professor, poderemos estar a endeusar o professor, ou então a transformá-lo num escravo do exemplo.
O Professor é ou não uma pessoa normal?

10:16 da manhã  
Blogger Ana Isabel Godinho said...

Não, não é nada disso!
O professor tem de ser coerente consigo próprio, refiro-me a ter um comportamento pró ambiental se defender ideias ambientalistas, tudo depende do paradigma em que o professor se situar.
Quanto aos alunos poderão ver no professor um exemplo a seguir ou não, o professor também poderá ser visto pelo aluno como um exemplo a não seguir...
Quanto ao professor ser uma pessoal normal...eu conheço alguns que não são nada normais...LOL

Ana Isabel

2:59 da manhã  
Anonymous Anónimo said...

Excellent, love it! » » »

9:55 da manhã  

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